“O Último Azul”: filme gravado no Amazonas, é premiado em Berlim
- Larissa Monteiro
- 23 de fev.
- 3 min de leitura
Lançado mundialmente no dia 16 de fevereiro, no Festival de Berlim, o longa tem estreia prevista no Brasil ainda em 2025, com distribuição da Vitrine Filmes

No último sábado, 22, o filme brasileiro “O Último Azul” conquistou o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri, o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost na 75ª edição do Festival de Cinema de Berlim.
Gravado em Manaus, Manacapuru e Novo Airão, no Amazonas, o filme conta com a participação de aproximadamente 20 atores amazonenses, entre eles Adanilo, Diego Bauer, Dimas Mendonça, Italo Rui, Júlia Kahane, Karol Medeiros, Rafael César, Rosa Malagueta e outros.
A narrativa perpassa lugares da Amazônia, onde o governo adota medidas severas contra os idosos, deslocando-os para morar numa colônia habitacional remota, com a promessa de uma “vida melhor”. Nesse cenário distópico, Tereza, interpretada por Denise Weinberg, de 77 anos, embarca em uma jornada única para realizar seu último sonho, simbolizando a resiliência do espírito humano e a capacidade de enfrentar adversidades, mesmo em um ambiente hostil.

“O Último Azul”, dirigido por Gabriel Mascaro, teve como atores principais Adanilo, Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Rosa Malagueta.
Após receber o prêmio principal no último sábado, 22 de fevereiro de 2025, Mascaro agradeceu ao elenco, além de todos que contribuíram para a realização do longa-metragem de drama e ficção científica, gravado na Amazônia brasileira.

“Estou muito feliz por estar aqui e honrado em receber esse prêmio. Muitos filmes que me inspiraram como cineasta estrearam aqui. Quero expressar minha mais profunda gratidão ao júri por confiar este prêmio ao meu filme. Ele existe graças à dedicação de muitas pessoas que trabalharam duro para transformar este sonho em realidade. ‘O Último Azul’ fala sobre o direito de sonhar e a crença de que nunca é tarde para encontrar um novo significado na vida”, descreveu o diretor e roteirista.
Em um vídeo publicado no seu perfil do Instagram, o ator Rodrigo Santoro também comentou sobre o reconhecimento conquistado com “O Último Azul” no Festival de Berlim e enalteceu o cinema brasileiro:
“Vale a pena acreditar no cinema brasileiro! É o que a gente tem visto há anos, dia após dia. Nos últimos anos, especialmente, as produções nacionais têm recebido tanto reconhecimento dentro e fora do país. Vale a pena acreditar no cinema brasileiro independente também, mesmo com todos os desafios. Esse reconhecimento aqui é de grande relevância, é um marco importante para o cinema brasileiro. Quem ganha é a nossa cultura. É claro que a gente não faz filme pensando em ganhar prêmio, mas é muito gratificante saber que o mundo está nos vendo e está nos valorizando. Nós fazemos filmes por amor à arte. A gente filma para contar as nossas histórias, para falar da cultura do nosso país. E o Brasil é um país incrível, maravilhoso, que merece ser descoberto pelo mundo inteiro, com toda a sua diversidade cultural. É muito bonito, é emocionante ver que a gente está atravessando as fronteiras e marcando o nosso espaço, mostrando o que a gente sabe fazer. ‘O Último Azul’ é um filme que fala sobre como nós olhamos para os idosos no Brasil. É sobre o direito de sonhar. Eu espero que o filme toque o coração de vocês e provoque essa reflexão que precisa ser feita".
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